.
A maioria dos alunos da Escola Secundária Mães d'Água, na Amadora, fez ontem greve às aulas para protestar contra a violência e insegurança sentidas no interior e exterior da escola desde o início do ano lectivo. O protesto vem na sequência do esfaqueamento de um aluno do 9.º ano, na semana passada, à entrada do estabelecimento de ensino.
Joana Filipa, uma aluna da escola, afirma que a violência e os assaltos, sobretudo para roubar telemóveis e dinheiro, são frequentes. Foi enviado na segunda-feira um abaixo-assinado, com 400 assinaturas de alunos, à Direcção Regional de Educação de Lisboa; a petição exige o aumento do número de funcionários e de policiamento, contando o caso do aluno que foi agredido com uma faca junto ao portão da escola, "tendo sido hospitalizado e intervencionado a um pulmão perfurado".
O documento refere também "variados casos de violência por parte de alunos pertencentes à comunidade escolar e, ainda, por outros intervenientes da comunidade envolvente", dando o exemplo de alunos que "são obrigados a comer relva ou a despir-se": "Os poucos funcionários do estabelecimento de ensino não conseguem dar resposta a tantas solicitações permanentes, nem controlar actos de tamanha violência".
A presidente da comissão instaladora do Agrupamento de Escolas Mães d'Água, Maria João Ferreira, confirma que a maioria dos alunos fez greve na parte da manhã: "Os que não entenderam ir às aulas tiveram faltas". Referindo-se ao aluno de 15 anos a quem foi espetada uma faca nas costas, esclarece que está em repouso em casa, depois do internamento, e voltará com apoio da psicóloga da escola. O incidente aconteceu "entre o portão e o carro da mãe, à hora do almoço", esclareceu.
Maria João Ferreira diz que se tratou "de uma situação excepcional" e que a polícia já terá identificado o suspeito, mas nota que "o ambiente da escola é difícil", pois encontra-se próximo "de dois bairros problemáticos", um deles associado ao tráfico de droga. A responsável acrescenta que não há policiamento à porta, mas "dois agentes da Escola Segura vêm cá sempre que é solicitado". O que houver mais a fazer é da responsabilidade da polícia e do Ministério da Educação, frisa.
Notícia jornal Público
29-10-2008
A maioria dos alunos da Escola Secundária Mães d'Água, na Amadora, fez ontem greve às aulas para protestar contra a violência e insegurança sentidas no interior e exterior da escola desde o início do ano lectivo. O protesto vem na sequência do esfaqueamento de um aluno do 9.º ano, na semana passada, à entrada do estabelecimento de ensino.
Joana Filipa, uma aluna da escola, afirma que a violência e os assaltos, sobretudo para roubar telemóveis e dinheiro, são frequentes. Foi enviado na segunda-feira um abaixo-assinado, com 400 assinaturas de alunos, à Direcção Regional de Educação de Lisboa; a petição exige o aumento do número de funcionários e de policiamento, contando o caso do aluno que foi agredido com uma faca junto ao portão da escola, "tendo sido hospitalizado e intervencionado a um pulmão perfurado".
O documento refere também "variados casos de violência por parte de alunos pertencentes à comunidade escolar e, ainda, por outros intervenientes da comunidade envolvente", dando o exemplo de alunos que "são obrigados a comer relva ou a despir-se": "Os poucos funcionários do estabelecimento de ensino não conseguem dar resposta a tantas solicitações permanentes, nem controlar actos de tamanha violência".
A presidente da comissão instaladora do Agrupamento de Escolas Mães d'Água, Maria João Ferreira, confirma que a maioria dos alunos fez greve na parte da manhã: "Os que não entenderam ir às aulas tiveram faltas". Referindo-se ao aluno de 15 anos a quem foi espetada uma faca nas costas, esclarece que está em repouso em casa, depois do internamento, e voltará com apoio da psicóloga da escola. O incidente aconteceu "entre o portão e o carro da mãe, à hora do almoço", esclareceu.
Maria João Ferreira diz que se tratou "de uma situação excepcional" e que a polícia já terá identificado o suspeito, mas nota que "o ambiente da escola é difícil", pois encontra-se próximo "de dois bairros problemáticos", um deles associado ao tráfico de droga. A responsável acrescenta que não há policiamento à porta, mas "dois agentes da Escola Segura vêm cá sempre que é solicitado". O que houver mais a fazer é da responsabilidade da polícia e do Ministério da Educação, frisa.
Notícia jornal Público
29-10-2008
Sem comentários:
Enviar um comentário