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.O presidente da Câmara da Amadora, Joaquim Raposo (PS), considera "estranho" o anúncio feito quarta-feira por José Sócrates sobre a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), defendendo que o Governo "não se pode demitir das suas responsabilidades".
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Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro classificou como "inadmissível" o aumento de 15 por cento que o IMI registou em 2007 e adiantou que o Governo vai alterar os limites máximos daquele imposto para reduzir o encargo fiscal dos proprietários de casas, contando com a compreensão das autarquias.
Em entrevista à RTP, o primeiro-ministro classificou como "inadmissível" o aumento de 15 por cento que o IMI registou em 2007 e adiantou que o Governo vai alterar os limites máximos daquele imposto para reduzir o encargo fiscal dos proprietários de casas, contando com a compreensão das autarquias.
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Hoje, em declarações à Lusa, o autarca da Amadora referiu que o poder central "não pode criar problemas aos outros para resolver os seus próprios problemas" e contestou os argumentos apresentados José Sócrates para justificar a medida.
Hoje, em declarações à Lusa, o autarca da Amadora referiu que o poder central "não pode criar problemas aos outros para resolver os seus próprios problemas" e contestou os argumentos apresentados José Sócrates para justificar a medida.
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"É um anúncio estranho. Em primeiro lugar, porque quem mexe nos impostos das autarquias sem falar com os autarcas, o que é que não faz com os seus impostos? Depois, é uma falsa questão dizer que este é o problema das famílias, que tem a ver com empréstimos e com taxas de juro", afirmou Joaquim Raposo, que ocupa também a liderança da distrital socialista de Lisboa.
"É um anúncio estranho. Em primeiro lugar, porque quem mexe nos impostos das autarquias sem falar com os autarcas, o que é que não faz com os seus impostos? Depois, é uma falsa questão dizer que este é o problema das famílias, que tem a ver com empréstimos e com taxas de juro", afirmou Joaquim Raposo, que ocupa também a liderança da distrital socialista de Lisboa.
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"O Governo não se pode demitir das suas responsabilidades, nem pode resolver estes problemas de qualquer forma. Podíamos analisar o futuro do IMI, mas é preciso dizer exactamente o que vai acontecer", acrescentou.
"O Governo não se pode demitir das suas responsabilidades, nem pode resolver estes problemas de qualquer forma. Podíamos analisar o futuro do IMI, mas é preciso dizer exactamente o que vai acontecer", acrescentou.
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Para o líder municipal, é essencial fazer um estudo económico do impacto da medida junto das autarquias e ponderar a possibilidade de reduzir os impostos nacionais.
Para o líder municipal, é essencial fazer um estudo económico do impacto da medida junto das autarquias e ponderar a possibilidade de reduzir os impostos nacionais.
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"Esperamos que o primeiro-ministro diga que ideia tem, qual o objectivo, e que tenha respeito pela autonomia dos municípios e dialogue com os mesmos para encontrar uma forma equilibrada de diminuir a carga fiscal dos portugueses", concluiu Joaquim Raposo.
"Esperamos que o primeiro-ministro diga que ideia tem, qual o objectivo, e que tenha respeito pela autonomia dos municípios e dialogue com os mesmos para encontrar uma forma equilibrada de diminuir a carga fiscal dos portugueses", concluiu Joaquim Raposo.
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Em 2008, o IMI em vigor na Amadora - o concelho com maior densidade populacional do país, com cerca de 7.400 habitantes por quilómetros quadrado - é de 0,50 por cento no caso de prédios urbanos avaliados e de 0,75 por cento para os não avaliados.
Em 2008, o IMI em vigor na Amadora - o concelho com maior densidade populacional do país, com cerca de 7.400 habitantes por quilómetros quadrado - é de 0,50 por cento no caso de prédios urbanos avaliados e de 0,75 por cento para os não avaliados.
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Nos últimos anos, a Amadora tem sido um dos 35 municípios portugueses com maior peso de receitas provenientes de impostos, indicador que atingiu os 47,2 por cento em 2006.
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Notícia LUSA/Diário Digital
03-07-2008
Nos últimos anos, a Amadora tem sido um dos 35 municípios portugueses com maior peso de receitas provenientes de impostos, indicador que atingiu os 47,2 por cento em 2006.
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Notícia LUSA/Diário Digital
03-07-2008
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